Uma breve apresentação


Eu sou...
a noite que vira dia...
as cordas da teoria...
a solução que do paralelo vigia...
a música, a pintura, a poesia...
Eu sou...
o cipó que a folha remedia...
as gotas que adoçaria...
o despertar de quem não via...
a paz, o amor, a ousadia...
Eu sou...
o oriente e sua magia...
o misto de culturas que engrandeceria...
a veia natural da terra que remexia...
o mistério, a lua, a astronomia....
Eu sou...
o átomo que não dividia...
a partícula que se esvazia...
a mente que expandia...
o universo, a imensidão, a melodia...
Eu sou...
a ciência que não entendia...
a dúvida que não respondia...
o triângulo que tudo sumia...
o calor, o frio, a energia...
Eu sou...
a lágrima que escorria...
da ditadura a rebeldia...
o olhar que se surpreendia...
o sol, a areia, a maresia...
Eu sou...
a coragem da alegria...
a arte que tudo traduzia...
a angústia de quem existia...
a intuição, o pensamento, a sintonia...
Eu sou...
o alternativo que flosrecia...
a fé que se escondia...
a busca que fortalecia...
o crescer, a ferida, a harmonia...
Eu sou...
o grito da mata que diminuia...
parte da água que se poluia...
o avesso do que se via...
o sonho, a sorte, a fantasia...
Eu sou...
o que nunca se mostraria...
a logica que a consciência pretendia...
a transformação da psicologia...
a vontade, a esperança, a primazia...
Eu sou...
a flexibilidade que permitia...
a brisa que o canto prometia...
o fluir que relaxaria...
o horizonte, a leveza, a moradia...
Eu sou...
o som que dançaria...
a observação que não entedia...
a natureza que tudo movia...
o logos, o cosmos, o que nunca seria...
Eu sou...
a flor na artilharia...
a alma que estremecia...
o questionar que libertaria...
a nuvem, a cor, a melancolia...
Eu sou...
a manhã que irradia...
a luz que ilumina e desvia...
sou todo tipo de filosofia...
o grão, o macro, o que aqui não caberia...

Janaina Bogucheski