Um dia,
Me guardaste em teu ventre.
Lá estive protegida.
Me deste o abrigo,
A luz e a vida...
Mas quando em teus braços,
Contra mim tramaste
Dolorosa despedida.
Me negaste o seio
E o toque silencioso da palma
Da tua mão na minha
Me negaste aquilo
De que é feita a alma.
Por ti fui esquecida.
Sem ti me fiz pedaço,
Tornei-me pétala caída
Que entre as folhas do outono
Pelo vento foi varrida.
Me guardaste em teu ventre.
Lá estive protegida.
Me deste o abrigo,
A luz e a vida...
Mas quando em teus braços,
Contra mim tramaste
Dolorosa despedida.
Me negaste o seio
E o toque silencioso da palma
Da tua mão na minha
Me negaste aquilo
De que é feita a alma.
Por ti fui esquecida.
Sem ti me fiz pedaço,
Tornei-me pétala caída
Que entre as folhas do outono
Pelo vento foi varrida.
Ah flor da minha vida, perdida
Vagaste pelo mundo
Em tortuosos caminhos
Me deixaste a lamentar,
Acolhida em outros braços,
A ausência dos teus carinhos.
Soube da tua triste sorte
Ouvi falar a tua história
Mulher oprimida, vida sofrida..
Nada disso te absolve!
O meu perdão não te elevou à glória.
Hoje, o teu semblante
Já não encontro na memória.
E agora é tarde...
Reconheço em mim o teu pecado:
Ser incapaz de dar
Aquilo que me foi negado.
Vagaste pelo mundo
Em tortuosos caminhos
Me deixaste a lamentar,
Acolhida em outros braços,
A ausência dos teus carinhos.
Soube da tua triste sorte
Ouvi falar a tua história
Mulher oprimida, vida sofrida..
Nada disso te absolve!
O meu perdão não te elevou à glória.
Hoje, o teu semblante
Já não encontro na memória.
E agora é tarde...
Reconheço em mim o teu pecado:
Ser incapaz de dar
Aquilo que me foi negado.
Nirleia Lima