Estamos de Volta, e um dos nossos se vai...



Antes de mais nada, gostaria de me desculpar com os leitores de Textos e Textículos, por esses dias de sombria inatividade. Sim, estivemos fora do ar! Também tenho novidades. Nada muito legal de se ler, mas de qualquer maneira, uma novidade.
Ao longo de 4 anos Izaú Melo e eu (Chalil Costa) compartilhamos de maneira esporádica nossas pretensões literárias, alguns sofrimentos e muita alegria. Textos e Textículos de início era o nosso principal meio de comunicação, não havia em nossos desejos a palavra visitantes. Seriamos nós (Izaú e eu) os únicos frequentadores desta taverna Azevediana(assim gostávamos de nos referir a TT) que “ouviriam” as linhas imaginárias e reais sobre aquilo que acreditávamos ser o amor.
O tempo passou e com ele mudaram nossos estilos, evoluímos – acredito – nossas influências mudaram e adicionaram, a realidade de cada um no seu dia-a-dia mudou, mas o desejo de escrever sobre o amor, este sempre esteve presente em nossas conversas e planos para o blog.
Hoje eu escrevo essa carta um tanto triste. Meu amigo Izaú Melo decidiu que não mais escreverá. Não quero que isso soe sensacionalista, longe de mim. Por algumas vezes eu já ouvi da própria boca do Izaú que ele iria parar de escrever, mas nunca senti firmeza nisso. Só que dessa vez é diferente. Ele tem os seus motivos e por mais que eu não entenda, no papel de amigo, eu tenho que apoiar a sua decisão.
Não sei como vai ser não ler novas linhas do Izaú Melo aqui no TT, sei que muitas pessoas não mais apareceram por aqui, sei que quase todas as pessoas não mais apareceram por aqui, mas também sei que no que depender de mim, aqui em TT o Melo vai ter sempre o seu lugar. Aqui vamos fazer uma espécie de mausoléu com todos os velhos textos do meu amigo, para cultuá-lo e homenageá-lo sempre que possível.
Me perdoem se vou soar um pouco rude agora, mas a verdade é que nunca escrevi para que pessoas analisassem. Escrevi, pois me sentia em comunhão com uma alma intelectual maior que a minha. Como um cara que trabalha de graça para aprender e aplicar conhecimentos no futuro, eu escrevi minhas linhas toscas em TT, não para que vocês do público gostassem, mas para que meu mestre me avaliasse e me desse, como me deu, norte a tudo que escrevi.
Izaú, meu irmão – acho que posso te chamar assim – você vai fazer falta, aos leitores críticos que sempre te acompanharam, as garotas que se apaixonaram pelo Lord Byron do século XXI, aos cachorros que andam pela rua sem dono e que em toda sua amizade você acolhe. Mas pode ter certeza, é principalmente para o seu amigo barbado que aceita seu amor doentio pelo SPFC e que tenta te convencer de que certas coisas são loucura, que não se deve fazer sem ter certeza, que tu vai fazer mais falta.
Mano, que a sua própria sabedoria ilumine teu caminho. Aqui você encerra um capitulo de sua história e aqui também se encerra o principal capitulo de TT, agora espero que possa chegar o dia em que mereceremos novamente te ter nesta humilde taverna, como já disse, as portas estarão mais do que abertas para você. Vou continuar por aqui, ainda tenho as minhas pretensões literárias, mas é de suas linhas que eu não esquecerei jamais!

Chalil Costa