Se ela fosse uma música seria Primavera de Vivaldi
Se fosse um tecido seria a seda
Se fosse uma pintura... seria o surrealismo de Salvador Dali
Se fosse um perfume seria o das rosas
Se fosse uma bebida... seria o tinto Chateau d'Yquem Sauternes.
Se fosse um ano... seria o primeiro de casado
Se fosse um mês... dezembro
Se fosse um dia... seria sexta feira
Se fosse uma hora... seria entre quatro e cinco da manhã
Se fosse um lugar... seria a sala de desembarque.
Para alguns a combinação acima não faz o menor sentido
Todavia é a velha incapacidade que limita o ser humano e o faz ver uma flor como apenas mais uma planta, no amor, apenas mais um estímulo para o acasalamento. Pessoas que saboreiam o mel, mas que não se importam com o tempo em que a abelha deixou de voar. Que as rosas que encantaram reunidas em um buquê, em menos de um dia vão murchar e morrer...
Mas esse é enigma da vida... o amor e suas formas.
as coisas que o mastercard não compra
e que as enciclopédias não explicam.
Lembro nostalgicamente de um tempo em que meus cinco sentidos
Eram privilegiados em tê-la por completo e mutuamente.
Hoje me restou a audição, e quando ouço sua voz por telefone
precisa compartilhar com todo o resto
Mãos, olhos, olfato e paladar clamam querendo sentir tudo outra vez
Mas hoje, só o desejo e a imaginação namoram comigo.
No entanto digo:
Se fosse um romance literário, seria Amor de Salvação
Algumas coisas passaram, algumas palavras mudaram
Como tudo que tem que passar, mas a última frase ainda é a mesma:
Eu te amo e independente de qualquer coisa, isso nunca vai mudar.
Izaú Melo
Cinco Sentidos para o mesmo amor
