Chuva de Agosto


Desejo paz...
A paz perdida no último beijo, no abraço partido, no sorriso de adeus, no último olhar...
Desejo a paz inquieta das noites frias de outono enquanto o meu sono dormia em você.
A mesma paz dos corpos que se aqueciam e das mãos unidas enquanto dormiam.
Desejo aquela paz de uma manhã de quinta-feira, sem relógio, sem pressa, sem fome, sem saudade...
Desejo a paz das longas conversas, do riso incontido, a paz da certeza.
A paz ausente na espera...
Desejo a paz das cartas de amor, dos versos simples e do silêncio que não precisa ser interpretado.
Desejo paz...

A mesma paz agitada dos fogos de artifício, da “quase dança no momento do beijo”, da contradança que vem depois.

A paz nervosa e insegura dos olhares, dos sorrisos, dos abraços, do primeiro encontro.
Desejo a paz da verdade que encontrei em você!
Aquela paz disparando o coração cada vez que ouço tua voz.
Desejo urgentemente a paz de uma amizade sem paixão, sem espera, sem planos, nem promessas....
A paz das lembranças que não se apagam com o tempo, mas vem a chuva e desfaz.
Desejo qualquer paz, impossível, nessa saudade que eu sinto de você!
Desejo a paz de um lugar, quem sabe um pensar, aonde o sonho te levar, uma felicidade qualquer, um futuro, um estar... em Marcapata, talvez!