A Dádiva


Oh! Vida insana e maravilhosa
Das pontes, pedras e riachos.
Dos desertos e geleiras do Ártico
Da natureza nefáriamente destruída
E das cidades de poeira erguida
Morada de tolos fracassados
E de gênios anônimos ignorados
Vida das festividades e casórios é
a mesma vida dos boatos e velórios
Das janelas que observam secretamente
Mas que em silêncio permanecem sabiamente
Oh! Vida de muitas lágrimas e meia dúzia de sorrisos
Por que insistir devo em manter-me vivo?

Porque nenhum coração pulsa inutilmente
E não em vão trabalha a mente
Palavras adocicadas com açúcar ou puro mel
Sem amor serão fracas como o hidromel
Se considerares unicamente a dor e a tristeza
Em prol da vida, inútil é a peleja.
Mas se há amor também há vida
E com ela sentido para tão nobre lida
Portanto, valorize a dádiva, aproveite o dia!
Sinta-se capaz e colabore com a próxima rima...

Izau Melo