1.
Eu
repudio tudo que vem da Globo, esse esgoto mental que tem idiotizado os
brasileiros, "educando a nação nos moldes de Big Brother, Novelas,
mini-séries, faustão e xuxa, que pregam o homossexualismo a pornografia e o
racismo de forma subliminar, que por anos manipulou os interesses políticos do
Brasil.
2.
Ninguém aqui tá preocupado com as questões
culturais do evento, muito pelo contrário a galera tá curtindo é os 15 minutos
de fama ao lado dos globais. A Globo sabendo disso não mandou apenas dançarinos
mas atores dessas novelinhas que influenciam o comportamento do brasileiro.
3.
O conceito de fama é muito relativo, a fama é
dada por quem admira um trabalho de alguém e muitas vezes o leva a níveis de
idolatria. Os famosos são pessoas comuns iguais a mim e a você e geralmente não
são tão talentosos deveriam, a fama não está atrelada a qualidade, sobretudo no
Brasil, e não fique impressionado com a educação e seus sorrisos ensaiados,
isso não passa de um pré-requisito do seu trabalho.
4.
Não acredito no potencial turístico do evento,
vamos passar por 2 ou 3 minutos no disputado horário do Faustão (se ele
conseguir parar de falar, é claro) e só isso. Se viesse a equipe do jornalismo
do Globo Repórter e fizesse uma material da Serra do Divisor, das tribos
indígenas, do Rio Croa, do cambô, rapé e chá do vegetal, provavelmente atrairia
turistas do Brasil todo, mas a dança não, já vi inúmeros “quadros culturais” iguais a esse e
convenhamos, não dá vontade de ir lá só por isso.
5.
Se fosse os nossos artistas locais fazendo uma
articulação como essa infelizmente seria uma outra realidade, o poder publico
não apoiaria da mesma maneira. Se fosse uma Maria José, que está a vida inteira
dedicada a dança e faz a cultura acontecer no vale do Juruá, nem a impressa
cobriria. Se fosse a galera da música, que faz evento de rock, de sertanejo ou
festivais estudantis da canção, apenas os envolvidos e amigos e parentes dos
envolvidos participariam. Se fosse o Jânio, um dos melhores violonistas que
conheço o teatro dos Náuas estaria vazio, Se fosse o Alberan Moraes, um músico
de mão cheia que leva o nome da nossa cidade para os quatro cantos do país e
inclusive para dentro do congresso nacional, seria só mais uma das muitas que
ele tentou fazer aqui sem muita relevância. Vamos dar valor as nossas jóias,
Aldemir Maciel, Edinho, Nazaré Marques, Alberto Loro, Victor Onofre, ao Marcio
da Dança, aos meninos do Tucumã, Matrix Dance, aos meninos do skate, da
capoeira, aos grupos de teatro escolares, Rutila, Cesar, Clerton Gaspar,
Dheimisson, Emerson e tantos outros que fazem a cultura acontecer com qualidade
aqui na nossa cidade.
6.
Eu acho o momento meio impróprio, passamos por
um momento delicado em relação as alagações, pode parecer irrelevante, mas acho
estranho fazer a festa a dois quilômetros de distancia de uma quadra que abriga
varias famílias que foram expulsas de suas casa. É como fazer uma festa ao lado
do velório do vizinho (só acho).
7.
Vamos procurar ações mais relevantes que tragam
valor agregado, vamos fazer movimentos culturais, concursos de redação, de
pintura, de poesia, vamos fazer eventos de música e de teatro onde a
arrecadação seja alimentos não perecíveis, roupas, e o que for pago em dinheiro
da bilheteria que a gente compre kits de higiene bucal para os ribeirinhos.
8.
E por fim, esta é minha opinião, há quem
descorde dela e eu fico feliz por isso porque pensar diferente é saudável, eu
não discrimino quem quer participar, vá, dance, divirta-se, tire fotos com seus
famosos, post no facebook e no instagram, se é isso que te deixará feliz, seja
feliz então.
Izaú Melo
Izaú Melo